Por: Luana Cristina de Lima Magalhães - Bol Notícias
No mundo corporativo, alguns mitos prevalecem por muito tempo. São idéias que os colaboradores possuem com relação à liderança e vice-versa. Uma das reações negativas, diante desse cenário, é a perda da produtividade e do desempenho tanto do profissional quanto da empresa.
A partir disso, surge a indagação: quais são os pensamentos errôneos mais frequentes na relação entre líderes e colaboradores?
Os campeões
De acordo com o diretor de marketing da Catho Online, Adriano Meirinho, um dos pensamentos mais comuns dos funcionários é acreditar que não irá perder o emprego. Porém, essa premissa não é tão verdadeira assim.
"Chefe bom não é o que garante o emprego dos colaboradores bons e manda embora os ruins, mas sim, aquele que consegue ver quem está mal e pode melhorar e quem não tem mais jeito. Não dá para manter um colaborador apenas porque ele é "muito bom". Ele tem de ser mantido porque os resultados que ele traz são muito satisfatórios".
Meirinho ressalta que a idéia de ter um currículo bom também não é válida para a garantia de um emprego estável.
"Não adianta ter um profissional com MBA e inglês fluente, se ele não é capaz de trabalhar estrategicamente ou se ele não atinge as metas. Quem tem emprego garantido é quem corre atrás das metas e procura se desenvolver sempre, tanto por meio de estudos como no cotidiano, com as experiências".
Outros mitos
Quem já não ouviu alguém comentar que, com passar dos anos, o profissional não conseguiu atingir o sucesso, dificilmente será reconhecido?
Segundo a consultora do IDORT, Tânia Zaperlão, a recíproca só é verdadeira quando o profissional não se prepara adequadamente. Caso contrário, o colaborador tem total condição de atender a necessidade da empresa e, consequentemente, conseguir resultados, independentemente da sua idade.
Tânia revela que outra atitude bastante comum do mundo corporativo é pensar que, para oferecer treinamento aos seus colaboradores, é necessário contratar um serviço externo.
"Muitas vezes, quando eu vou prestar serviços de consultoria, percebo que a própria empresa contratante possui profissionais capacitados para aplicar o treinamento, mas, por não confiar neles, acaba investindo em outras consultorias".
Ditados populares
Os ditados populares também prevalecem no mundo corporativo, e contribuem mais ainda para os falsos mitos nas relações entre líderes e liderados. Veja os mais comuns, listados pela consultora:
· Santo de casa não faz milagre - Bem corriqueiro para algumas corporações, é o princípio de que, apesar de dispor de um colaborador qualificado, este não pode ser remanejado para visões estratégicas.
Na verdade, esse profissional só está à espera de uma oportunidade e cabe à empresa proporcionar isso.
· Casa de ferreiro, espeto de pau - Geralmente, muitas empresas vendem um produto ou serviço de qualidade, mas, internamente, essa boa gestão não existe.
O ideal é investir tanto nos serviços ou produtos oferecidos ao público quanto na qualidade de condições de trabalho.
· Tecnologia é coisa de grandes empresas - A visão de que apenas as empresas de grande porte investem em tecnologia é outro mito.
Há muitas micro e pequenas empresas que destinam parte de seu capital para o desenvolvimento tecnológico, afim de se conseguir uma maior produtividade.
· Cachorro velho não aprende novos truques - Muitos colaboradores acomodam-se em suas funções ao longo do tempo, sem ter a intenção de aprender coisas novas.
A pessoa cria esse mito e não se desenvolve, não busca novos desafios. Nunca é tarde para se aprender e isso deve ser constante em todos os momentos da vida.
Como mudar?
Para Tânia, uma maneira de amenizar esses mitos é o líder oferecer mais oportunidade para os seu colaboradores, além de investir e prepará-los para novos desafios e projetos.
"A empresa precisa escutar os seus profissionais e dar espaço para que eles mostrem suas idéias e talentos".
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