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2.18.2009

Diga não à fofoca e ganhe pontos positivos

Por: Viviane Macedo - São Paulo

Nem o excesso de trabalho, correria e competitividade do ambiente corporativo inibem algumas pessoas a soltarem o verbo - reclamarem, criticarem, fofocarem. Para alguns profissionais conter os ânimos e evitar comentários maldosos sobre os colegas e chefes é quase impossível. O que fazer se um desses "fofoqueiros de plantão" insistir em contar tudo para você? Fuja dele! "É preciso escapar dos fofoqueiros. Fazer parte de uma fofoca, mesmo como ouvinte, não é bom para o profissional", afirma a consultora da BPI RH, Laura Casteliano. Além disso, quem fala dos outros para você, também pode falar de você para as outras pessoas. "Com aquele perfil de frase: 'Soube da última?', o fofoqueiro não perdoa ninguém. E se hoje você é o seu ouvinte, amanhã pode ser sua vítima", alerta o coach de vida, Luiz Antônio Souza Neto.

A fofoca nem sempre começa com uma intenção maldosa, às vezes, um pequeno comentário já é motivo para muita repercussão. "Querendo ou não, a fofoca é uma coisa do ser humano. Acho que nós não vamos nos ver livres disso nunca. O que podemos e devemos é aprender a lidar com esse tipo de informação e usar a discrição", aconselha Laura. Para ela, independente do ambiente, sempre haverá casos desse tipo, por isso é necessário que cada um faça a sua parte. "O maior erro dos profissionais é passar a informação adiante. Todos sabem que é feio e errado, mas são poucos aqueles que quebram o circulo vicioso da fofoca", afirma.

Como ela nasce?

Para Souza Neto, uma chefia ou liderança precária é fator determinante para a proliferação de fofoca no ambiente de trabalho. "Acredito que muito da fofoca se dê por falta de uma boa liderança. O verdadeiro líder não deixa que a fofoca se espalhe, ele consegue ter certo controle da situação e de sua equipe de uma forma geral, então, mesmo que um da equipe queira fofocar, o resto do grupo vai contra isso." Mas, segundo o coach, quando o exemplo vem de cima é ainda pior. "Muitas vezes, o chefe é o grande fofoqueiro e, nesses casos, falta exemplo, ou melhor, o exemplo é negativo e não agrega, pelo contrário, leva o grupo para o mesmo caminho", considera.

Já Laura acredita que a fofoca simplesmente aconteça, muitas vezes, sem que o fofoqueiro tenha noção do tamanho do estrago que pode causar para a pessoa de quem fala. "Quem fala mal ou comenta, faz por algum motivo. Mesmo que não esteja de caso pensado ou disposto a derrubar alguém, o fofoqueiro sabe que isso não é certo, mas nem sempre enxerga a dimensão que um comentário pode ter", diz. E ela alerta "É preciso ter mais responsabilidade ao falar de alguém. Uma fofoca é capaz de destruir a reputação de uma pessoa".

Fique fora e ganhe pontos

Segundo os consultores, ficar fora das rodinhas onde a fofoca acontece só traz benefícios para o profissional. "As pessoas que não entram nesse jogo da fofoca ganham muito! Ganham credibilidade, respeito e a consideração dos superiores, que sabem que podem confiar", garante Laura. E Souza Neto completa. "Além disso, são fortes candidatos a cargos de confiança, pois transmitem seriedade e responsabilidade para as chefias".

Fuja da fofoca

Ela pode até ser atraente, por isso ganha tantos seguidores, mas o melhor que um profissional tem a fazer é se manter bem longe dos bastidores da fofoca, e também tomar os cuidados necessários para não ser o próximo alvo. Veja as dicas de Laura Casteliano e Souza Neto para se prevenir e não entrar no jogo dos fofoqueiros.

- Afaste-se de quem fala mal da organização, chefes e colegas

- Reflita sobre suas atitudes: como age diante de uma fofoca? Se costuma passar adiante, mude!

- Não comente de pessoas quando essas estiverem ausentes

- Não entre em detalhes sobre sua vida pessoal. Seja profissional e busque sempre separar as coisas

- Se for confrontar um fofoqueiro, o faça em particular e com sutileza.

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