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2.04.2009

Como remunerar não só as metas alcançadas, mas também os esforços?

Por: Karin Sato - InfoMoney

"Pagar bônus variáveis e prêmios de mérito que não sejam nem comissão nem lucro é difícil. Remunerar só a eficiência do resultado concreto é míope. O contrário, remunerar esforços sem a eficiência, é tolice. Como atender a ambos?", indaga a presidente da Quantum Assessment, Claudia Riecken.

Ela conta que, para superar o desafio, foi criado um modelo de remuneração variável, chamado de "remuneração quântica", levando em conta a meritocracia do esforço de cada indivíduo e conjunto, e não apenas a venda comissionada e o lucro (resultado) do negócio, que também é reconhecido na metodologia.

Classes de remuneração

São seis classes de remuneração:
01. Fixo: Honorário ou salário do período;
02. Bônus de produtividade: Valor extra por meta alcançada ou qualidade de serviço, pago por cartão de crédito de bonificação;
03. Remuneração de equipe: Venda gera comissão para toda equipe;
04. Remuneração de champion: Comissão individual para quem fecha o negócio;
05. Prêmio extra - Por alcance e superação de meta;
06. Firme (Fundo Internacional de Remuneração por Mérito e Esforço), que chamamos de "baú". Representa o toque final e revolucionário na forma de dividir receita bruta por todos.

Claudia afirma que o método condiz com as leis trabalhistas brasileiras, "apesar da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) incentivar a remuneração não meritória, que rouba 36% do ganho do trabalhador na fonte e inviabiliza crescimento e contratações".

Na sua opinião, a regulamentação prejudica a quem paga, a quem recebe e ao relacionamento entre estes dois. "Ela foi criada em 1943, mas está em vigor até hoje", diz ela. "Sem podermos reconhecer o mérito, não podemos valorizar, em termos de inconsciente coletivo e práticas diárias, a aprendizagem, o trabalho em equipe, o ombro a ombro, o clima organizacional positivo", acrescenta.

Possível solução

A remuneração quântica veio para sanar esses problemas. "De acordo com a remuneração quântica, pagamos pelo baú - uma espécie de auto-imposto. É escolha própria. De todos os negócios com valor financeiro pago pelo serviço prestado, 3% vão para o baú do Firme. Ou seja, o fundo é de renda bruta. A soma de tudo o que o firme gera é dividida por todos os colaboradores, em proporções pré-estabelecidas por área", explica.

"A área de atendimento, por exemplo, dispõe de 18% do Firme, a ser dividido pelo número de pessoas do setor. É o mesmo para a área administrativa, onde também estão a copeira e o motorista, além dos administradores, auditores e back-offices. Idem para a área de negócios e vendas, que tem 26% do baú, e assim por diante. Todo santo mês no vencimento do Firme, depositamos o valor correspondente em conta. Não precisa ter dado lucro ou ter atingido meta de nada", acrescenta ela.

Os cálculos e critérios específicos são de cada empresa. Com o método, remunera-se "esforço" da equipe em sintonia, e remuneram-se resultados efetivos também.

"A empresa segue sadia e segura, oferecendo qualidade. E lutando muito, é claro. As pessoas gostam do Firme, mas nós não fomos muito exagerados em capitalizar este enorme benefício. Principalmente porque fazer gestão é acertar em silêncio nas decisões estratégicas. O que devemos reconhecer? Eficiência ou esforço? Ambos, é claro. E pagar por isso. Nunca foi tão forte o crescimento".

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