A Embraer encerrou o terceiro trimestre com lucro de R$ 132,5 milhões, contra prejuízo de R$ 200 mil um ano antes. A receita líquida cresceu 26%, para R$ 2,85 bilhões, enquanto os custos subiram em menor proporção, 19%, para R$ 2,13 bilhões, levando a uma alta de 50% no lucro bruto, para R$ 720,3 milhões. A margem bruta subiu 4,1 pontos percentuais, para 25,3%.
Segundo o relatório da administração que acompanha o balanço, a margem foi favorecida pelo mix de receitas e produtos do trimestre, com participação maior que o usual do segmento de defesa e segurança (18,4%) e pelos esforços de eficiência operacional. Além disso, a Embraer atribuiu o controle de custos ao real depreciado e à desoneração da folha de pagamentos promovido pelo governo federal no plano Brasil Maior.
As despesas operacionais, por sua vez, quase dobraram, atingindo R$ 515,5 milhões. De acordo com a empresa, desse valor, R$ 126,3 milhões dizem respeito à despesas com negociação com a Chautauqua Airlines, anunciada em setembro. Excluindo esse efeito, o aumento nas despesas cai para 45,3% na comparação anual.
Esse avanço nos gastos levou o resultado operacional antes de juros e impostos a um recuo de 3% na comparação anual, para R$ 204,9 milhões. O Ebitda, que exclui também os gastos com amortização e depreciação, foi de R$ 336,9 milhões, alta de 8%.
O pagamento de Imposto de Renda também favoreceu a empresa no período. Entre julho e setembro, a Embraer pagou R$ 84,2 milhões ao Leão, apenas um terço do valor desembolsado um ano antes.
..:: Dados do primeiro semestre ::..
A Embraer retificou, nas demonstrações contábeis do terceiro trimestre, erros na apuração do Imposto de Renda (IR) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) ao longo do primeiro semestre.
No período, foram contabilizados R$ 85,6 milhões a mais de impostos, o que provocou um ajuste positivo da mesma proporção no lucro do período, que passou de R$ 226 milhões para R$ 311 milhões.
Os auditores da companhia fizeram um parágrafo de ênfase no balanço da companhia, informando que foram identificadas distorções na base de apuração do período. Os ajustes efetuados foram de R$ 76,4 milhões para o primeiro trimestre e de R$ 9,3 milhões para o segundo trimestre.
Com os resultados do terceiro trimestre, anunciados hoje, o lucro líquido da fabricante de aeronaves no acumulado do ano é de R$ 444,1 milhões.
..:: Aviação executiva ::..
O segmento de aviação executiva registrou um prejuízo operacional de R$ 95 milhões nos nove meses até setembro. No ano passado, a perda havia sido de R$ 3,1 milhões.
Aviação executiva é a único segmento da empresa no vermelho. A aviação comercial fechou com lucro operacional de R$ 697,6 milhões; defesa e segurança, R$ 126,7 milhões; e outros, R$ 19,3 milhões.
A divisão entregou 45 aviões executivos até setembro. A empresa projetava a entrega de 90 aviões para o ano.
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