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É uma verdadeira viagem sobre a história do homem no mar, o Museu Marítimo, inaugurado na cidade de Santos em 17 de dezembro de 2005, vem despertando grande interesse nos visitantes, tendo em vista ao seu vasto acervo compreendido por peças resgatadas em naufrágios na costa brasileira, equipamentos antigos de mergulho (como um autêntico escafandro inglês da marca Siebe-Gormam, que foi usado na década de 50 para o resgate de peças do navio pirata francês Boloret naufragado em 1718 em Paranaguá, PR), condecorações marítimas, louças de companhias de navegação famosas como o extinto Lloyd Brasileiro, maquetes e dioramas de embarcações, .

Ao adentrar, o visitante é recepcionado pelo Sir Smith um modelo do capitão do famoso transatlântico inglês Titanic que naufragou no dia 10 de abril de 1912.
Chama a atenção das crianças um outro pirata que sobe por uma escada de cordas do piso térreo ao superior.
O Museu Marítimo guarda peças (garfos, colheres, manteigueira, garrafa de vinho, luminária) do famoso navio espanhol Príncipe de Astúrias que naufragou em Ilhabela no dia 6 de março de 1916, sendo considerado um dos maiores naufrágios na costa brasileira, onde morreram cerca de 477 pessoas. Fazia a rota de Barcelona-Buenos Aires, com uma carga valiosa de 40.000 libras esterlinas de uma agência bancária de Buenos Aires, além de uma estátua do General San Martin, que seria doada ao governo argentino. Dizem os moradores de ILhabela, que seus antigos familiares contavam histórias que ao clarear do dia na Baia dos Castelhanos, haviam dezenas de corpos espalhados pela areia.
Outra peça bastante interessante é uma bala de canhão e um diorama da fragata inglesa HMS Thetis, que era um navio coletor de impostos. Durante uma noite de forte tempestade, no dia 5 de dezembro de 1830, bateu na ilha de Cabo Frio no RJ. Imediatamente o capitão ordenou que os escaleres fossem colocados na água e rebocassem o navio que já afundava, para uma enseada próxima da ilha. Conta-se que após o naufrágio os ingleses iniciaram com a mão de obra de escravos uma operação para o resgate do tesouro avaliado em $810.000 em barras de ouro e prata. Acredita-se que o capitão inglês Thomas Dickinson conseguiu recuperar cerca de 15/16 de todo o tesouro, ou seja, cerca de $ 750.000 que foram levados de volta para a Inglaterra e confiscados pela governo inglês.
Outra peça bastante importante é uma garrafa de refrigerante da Antártica contendo a seguinte inscrição : SI-SI , GARRAFA REGISTADA (sem o R) UZAVEL SÓ PELA ANTARCTICA. Ele foi encontrada no navio Aymoré do Lloyd Brasileiro que naufragou em Ilhabela em julho de 1920, quando retornava de uma viagem excepcional a Montevidéu (Uruguai). Ao adentrar o Canal de São Sebastião no dia 23, sob forte nevoeiro, acabou indo de encontro às rochas da Ponta do Ribeirão onde ficou encalhado. Apesar de inúmeras tentativas frustadas para resgate do Aymoré, naufragou definitivamente.
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Outra parte do acervo ainda não está a disposição pública e é compreendido por livros sobre os mais variados assuntos marítimos (muitos deles raros), cerca de 50 pastas contendo recortes de jornais e revistas, pastas com cerca de 3000 postais antigos de companhias de navegação (Hamburg Sud, LLoyd Brasileiro, Companhia de Navegação Nacional, etc..).
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Outra obra importante doada ao Museu Marítimo pela Academia de Marinha de Portugal é o fac simile do O Livro da Fábrica das Naus, cuja primeira edição foi publicada no século XVI.
Ao lado do Museu Marítimo encontra-se o Museu do Mar (que completará 25 anos de existência no dia 30 de junho de 2009).
..:: Serviço ::..
O ingresso ao Museu Marítimo custa R$ 10,00 e ao Museu do Mar R$ 10,00. caso o visitante faça a opção pelo passaporte (visita aos 2 museus)
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