O blog [RH em Hospitalidade] apresenta quinzenalmente um espaço de entrevistas chamado “Cinco toques com...”. São entrevistas rápidas com pessoas do trade turístico e com profissionais de RH acerca de seu momento na carreira, as perspectivas do mercado e projetos futuros. Com a palavra, o pessoal um com o pé no mercado, atualizado com o que acontece nos diversos segmentos da Hospitalidade Comercial.
Aristides Faria: Grande Roberto! Seja muito bem vindo a nossa comunidade! Fico muito satisfeito com sua participação. É um prazer poder apresentá-lo a nossos colegas e amigos! Fique à vontade, conte um pouco de sua trajetória profissional.
Roberto Baba: Olá Aristides! O inicio de minha trajetória profissional no setor turístico e hoteleiro foi meio por acaso, concluí o ensino médio então me surgiu a vontade de viajar para alguns países afim de vivenciar e aprender sobre a cultura, os hábitos, os costumes, etc. Tive a oportunidade de iniciar um trabalho com turismo e hotelaria e acabei tendo muita empatia com o setor onde permaneci por um longo período morando fora do Brasil e trabalhando na área retornei no começo de janeiro (09) para o Brasil a convite de um conhecido que reside na bahia onde permaneci até agora no inicio de abril.
Atualmente estou a procura de estágios no setor hoteleiro ou turístico e espero poder repassar toda minha experiência e aprendizado da hotelaria internacional na área de atendimento ao cliente, cordialidade e gentileza e um item que considero muito importante neste segmento, o pós-venda que e a fidelização e o respeito em relação ao cliente.
Aristides Faria: Fiquei fascinado ao saber por alto sua vivência internacional. Agora, por favor, conte como foi viver na Indonésia. Além do surf, como foi trabalhar na hotelaria daquele país-arquipélago?
Roberto Baba: Bom, o surf é um caso a parte. Adoro o contato com a natureza e através dele e que tive a maior experiência de minha vida.
Trabalhar na Indonésia foi algo surreal, morei durante oito anos por lá. O setor turístico e hoteleiro na Indonésia e muito organizado, ágil e estruturado. Todos trabalham em equipes e a parceria foi essencial para desenvolvimento turístico em Bali e arredores. Recebi o convite de um empresário japonês que trabalhava com turismo receptivo de cliente vindos do Japão, assim trabalhei em todos os setores do Hotel, pois queria poder obter o máximo possível de informação e detalhes das operações logisticas de cada setor. Trabalhei como guia de turismo e motorista de traslado, assim tive a oportunidade de conhecer pessoas de varias localidades do mundo e ter contato profissional e social com todos. Viver na Indonésia foi algo como retornar ao tempo, sentir o sentimento das pessoas mesmo que vivendo em condições criticas de moradia e alimentação, mas assim mesmo com um sorriso e uma alegria que ate hoje intriga a todos que visitam bali e as ilhas mais freqüentadas. A Indonésia e um lugar onde todos deveríamos ter a obrigação de conhecer e aprender pois aprendemos muito convivendo com pessoas em que as condições econômicas e de moradia são tão difíceis.
Aristides Faria: E sua vivência no Japão. Conte-nos, por favor! Como você sentiu as diferenças culturais? E o idioma?
Roberto Baba: Trabalhei no Japão de 2002 a 2008 num pequeno hotel pertencente ao meu amigo empresário da Indonésia. O hotel ficava localizado na região central de Tokyo e recebia muitos mochileiros e turistas de perfís variados do mundo todo, inclusive muitos brasileiros em passagem pela capital japonesa a turismo ou negócios. Foi la que tive a oportunidade de elaborar e implantar passeios de bicicleta pelas principais atrações turísticas de Tokyo sendo considerado um sucesso pois o contato direto com uma cultura milenar e misteriosa fascinava a todos que faziam os passeios.
No Japão aprendi muito a admirar e respeitar o cliente, pois o pais e considerado um dos melhores do mundo em termos de turismo receptivo, o sistema pós-venda e muito cultuado e valorizado, pois e através dele que são elaboradas estratégias e estatísticas dos pontos positivos e negativos.
O aprendizado do idioma foi algo crucial e muito difícil o dialogo em inglês com os japoneses, pois a fonética deles é de difícil compreensão. Foi ai que sozinho estudei muito o idioma japonês, pois sabia que esse seria meu diferencial e facilitaria a minha entrada no mercado de trabalho e o relacionamento com todos. Para o povo nipônico e a real certeza que nos queremos participar e aprender sobre sua língua, cultura e buscar sabedoria de uma nação que leva o conceito respeito social e humano muito a serio.
Aristides Faria: Show, Roberto! Nos últimos anos, quando no Brasil, você este atuou em dois lugares fantásticos: Florianópolis (SC) e Itacaré (BA). Como foram essas experiências?
Roberto Baba: Florianópolis é um modelo de cidade que trabalha com hotelaria e turismo de maneira correta sempre buscando colaboradores altamente capacitados para exercê-las e trabalhando continuamente para esse sucesso, aliando o fator da beleza natural e hospitalidade, dois itens importante que agradam a todos que a visitam.
No caso da Bahia, acho que está se caminhando para um aperfeiçoamento profissional. Foi o lugar onde tive mais empatia em poder trabalhar com o setor turístico e hoteleiro aqui no Brasil, pois trabalhávamos numa ótima equipe onde todos colocavam novas idéias e buscavam poder absorver todo tipo de informação a respeito. A Bahia me lembra muito o turismo na Indonésia claro com algumas particularidades distintas, a natureza e exuberante e o jeito do povo bahiano viver o dia a dia fascina a todos que visitam ou trabalham por lá.
Aristides Faria: Para fecharmos, Roberto, gostaria que você comentasse um pouco sobre a importância em conhecer outros idiomas e culturas. Além disso, peço humildemente três dicas para a moçada que quer fazer carreira internacional. Pode fazer isso? Fique à vontade, o espaço é seu!
Roberto Baba: Claro, será um prazer!
Primeiramente quero agradecer a você pelo espaço que me foi concedido! Ter a chance de poder contar a todos um pouco da experiência que pude viver nestes últimos anos e algo espetacular. Colocar todos dentro de um mundo talvez desconhecido para muitos e algo que gosto e curto muito de fazer. Viajar é algo sensacional e em meu caso fiz o processo inverso em relação a maioria das pessoas que trabalham a vida toda para poderem no futuro desfrutar. Eu tomei a liberdade de poder viajar, viver e vivenciar a vida em primeiro lugar para poder a partir de agora com mais maturidade e conhecimento buscar também meu lugar no trade turístico ou hoteleiro aqui no Brasil. Isso, ao meu ver, não é tão fácil assim, pois a partir do momento que nos pararmos de avaliar as pessoas pelo QI ou parentesco apareceram pessoas realmente capazes de exercer os cargos com sabedoria e disciplina.
O aprendizado de outros idiomas é importante para podermos continuar sonhando, pois nos vivemos de sonho e jamais devemos deixar de sonhar, pois a pessoas que deixam de sonhar perdem o foco e levam mais tempo para atingir seus objetivos e por questão cultural através do idioma aprendemos sobre o as particularidades de cada pais que estudamos e podemos colocar em pratica idéias e pontos positivos e tentar implantar algo construtivo no lugar onde residimos e vivemos
Estar sempre atento as novas tendências de mercado e tentar fazer o máximo de contatos possíveis de pessoas com a mesma sintonia, gerando assim um modo de podermos alcançar o mérito e reconhecimento juntos, valorizando o verdadeiro espírito de trabalho em equipe.
Estar de mente aberta em relação as pessoas e atitudes, nunca avaliara pessoa por uma única atitude e sim pelo contexto geral, pois todos nos temos o direito de errar e acertar, estamos todos aqui para poder aprender e ensinar.
Atualmente estou elaborando um projeto para terceira idade de nível social e educacional e me coloco a disposição de todos para maiores detalhes e novas idéias que venham a contribuir com o projeto de vital importância a todos nos neste novo segmento turístico.
Um pequeno lembrete: "Concorrente é toda empresa que o consumidor faz a comparação com a nossa empresa" (Bastidores da Disney).
Desejo muita sorte a todos que estão nesta luta constante e muito obrigado a vocês pela atenção dispensada.
Valeu Aristides!
* Foto: South Africa
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