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6.04.2009

Tendências do turismo: Seleção de parceiros

Por: Aristides Faria

Aconteceu em São Paulo, nos dias 27 e 28 de maio, a Feira EBS – Eventos Business Show. A feira reuniu fornecedores de produtos e serviços para realização de eventos diversos e também destinações para sediar tais acontecimentos.

Percebo em minha experiência que eventos deste tipo normalmente ignoram a possibilidade de realização de palestras e qualquer tipo de acontecimento paralelo, de certo modo, acadêmico. Não foram apresentações científicas exatamente, mas palestras muito interessantes com profissionais de segmentos inerentes a feira.

Daquelas que participei, a mais interessante foi a do competidor do Rally Paris-Dakar, Klever Kolberg. Sua exposição tratou, em verdade, de sua atividade atual, que é o desenvolvimento de uma empresa que oferece treinamentos vivenciais baseados em sua vivência no Paris-Dakar.

Com uma exposição bastante esclarecedora, envolvente e provocante, o palestrante nos brindou com uma fantástica visão de trabalho em equipe e, principalmente, do comprometimento às pessoas que os líderes devem apresentar.

Inclusive, abordou a velha questão sobre “quem é líder?” de forma bastante interessante. A idéia, compartilhada por mim, é a de que cada membro do time exerce a posição de liderança em determinados momentos. Por exemplo, o motorista do caminhão que leva a equipe de resgate e manutenção passa a ser o líder de toda a equipe no caso de uma moto quebrar no meio do deserto, deixando o piloto – virtual líder até então – sozinho no mar de areia.

Não sei bem se por minha expressão de satisfação ou apenas por conta de minha proximidade física (estava sentado na terceira fileira, em sua diagonal), o Klever me perguntou, assim como fez a outros colegas, quem seriam meus parceiros ideais. Por um instante pensei e respondi que seriam pessoas que me complementassem.

Com base nas respostas dos demais, ele direcionou a resposta a um destino muito bacana. Ele mostrou que a seleção de nossos parceiros acontece (ou deveria acontecer) com base no histórico de sucesso das pessoas. Ele disse que temos de escolher “as feras”. Os melhores em suas posições.

Particularmente, complementaria suas reflexões afirmando que não somos feitos apenas de competências técnicas, mas também de habilidades interpessoais.
Somos seres comunicacionais. Nem sempre o melhor mecânico será o mais bem preparado psicologicamente para suportar vinte dias longe de casa, imerso no deserto africano; ou mesmo o melhor Analista de Recursos Humanos será o mais bem preparado psicologicamente para suportar oito horas por dia em uma confortável sala acarpetada na Avenida Paulista.
Finalizo apontando para uma das tendências do turismo e do mercado de trabalho de um modo geral: a força da comunicação. O profissional pode ser uma referência em sua área de atuação, mas se não for competente o suficiente para compartilhar seu know how incorrerá em insucesso.

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