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5.14.2009

Tendências do turismo: O mundo interno

Dia desses recebi um e-mail – daqueles que são repassados aos milhões – muito bacana que continha slides sobre os conflitos que existem no universo de nosso cérebro. Há uma música da banda Tribo de Jah que se chama Guerrilhas Mentais. A “novela das 9” está apresentando um rapaz vítima de esquizofrenia. Os workholics investem todo tempo e energia para, por certo, fugir dos compromissos e desafios da vida social. Enfim, são diversas as situações que comprovam existir um grande conflito em andamento dentro de cada um de nós.

Particularmente, concordo com isso. Não consigo ser diferente, pois vivo muitos destes conflitos em meu quotidiano. Em certa ocasião li uma matéria que se intitulava “Quem cuida do RH?”. Trata-se de uma reflexão interessante e intrigante. Perceba: se o gestor de pessoas orienta os procedimentos e balizas para o bom relacionamento dentro de determinada organização e orienta as pessoas a melhor caminhar pela trilha profissional, quem vem atrás deste profissional iluminando o seu caminho?

Realmente, sobra aos profissionais de RH pensar e conversar consigo mesmos. Qual o resultado disso? Um turbilhão de idéias, estratégias e pensamentos. Ao mesmo tempo, então, temos de pensar em nossos colegas e em nós mesmos. Os colegas foram escritos à frente propositadamente, pois é mesmo o que ocorre em nossa mente. Acredite. Não apenas por altruísmo, mas por profissão e vocação mesmo.

O relevante de todo este discurso introdutório é saber que uma forte tendência para o mercado de trabalho, também para o de turismo, é o destaque para profissionais que sabem expor seus medos, desejos, aspirações e carências (de carreira). Ou seja, busca-se pessoas que se conhecem e sabem quais seus pontos fortes e fracos, bem como os meios para saná-los.
Sempre comento que os currículos e as experiências estão cada vez mais equivalentes, assim, o diferencial passa a ser a “pessoa”. Confuso? Quando o selecionador recebe a solicitação de um candidato para uma vaga qualquer ele pensa em um “Ser” para sentar naquela cadeira. Depois disso, pensa em quais competências, habilidades e atitudes este “Ser” tenha de carregar. Logo, ele pesquisa e confirma (ou não) isso em currículos e entrevistas. Como o desempenho em currículos e entrevistas está cada vez mais equivalente e previsível, respectivamente, estes Seres/candidatos passam a ser analisados enquanto “pessoas”.
Bingo! Por isso que temos de investir no entendimento de nós mesmos e não apenas em cursos e vivências, muitas vezes, desprezadas pelas organizações. A carreira em Turismo & Hotelaria é craque nisso, inclusive.

Imagine um profissional que se graduou em Hotelaria no Brasil e passou dois anos morando na Inglaterra trabalhando em outras áreas para sustentar os custos de vida. É um cenário comum. Na volta ao país, com inglês fluente, ele não passa em processos seletivos para ingressar na hotelaria por não ter experiência em hotéis (?).

Ora, por que não se observa as habilidades de negociação, comunicação (em duas línguas), resolução de problemas e gestão que este indivíduo deve ter dentro de si? Como não valorizar a “pessoa” em detrimento do “profissional” e incentivar a “pessoa” a usar em sua rotina todo este acúmulo de experiência de vida?
Vamos lá, moçada, compartilhem suas impressões!

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