As empresas que planejam estrategicamente suas ações antes de colocá-las em prática, na maioria das vezes, têm muito mais chances de acertar. Para agir proativamente é preciso identificar as necessidades da empresa frente ao mercado, ao segmento a que pertence. Assim, planejar as ações, com coerência e prazos bem definidos, visando o alcance dos resultados esperados.
Ao empresário o jogo da competitividade é definido pelos melhores resultados a partir das pessoas que executam as diretrizes. Cumprir prazos com qualidade, agilidade e redução de custos é o mínimo que se pode ter para a sobrevivência da empresa. O mercado está sempre em constante inovação tecnológica, de bens e serviços.
O profissional de RH deve entender e alterar a sua postura profissional, a sua forma de atuação, visando atender a necessidade da indústria, que é a produção eficaz e eficiente, independente do modismo de cada época. Chega de ações com visão simplista sobre a aplicação das técnicas de Recursos Humanos.
O RH exerce a função de assessorar a empresa, os seus gestores, líderes, ou seja, ele existe para capacitar os líderes a realizarem seus respectivos processos. Não trabalha sozinho, mas com todos os que lideram pessoas. O RH precisa estar dentro do negócio da empresa e negociar com os líderes quando for necessário. É preciso agir com certeza e coerência, planejar ações para que atitudes sejam realizadas a partir da tomada decisão com assertividade.
Assumir o papel estratégico é a forma mais viável do profissional, que entende do comportamento humano, facilitar o caminho das pessoas da empresa para que saibam e assumam o seu papel profissional em busca dos melhores resultados e práticas administrativas e produtivas.
A elaboração do planejamento estratégico requer atenção, isso significa que é preciso conhecer muito bem o contexto interno e o externo para traçar as futuras atitudes. Trabalhar com as pessoas é um processo homeopático, não deve ser rápido, da noite para o dia. Portanto, conhecer seu público e entender sua velocidade é fundamental, além de evitar traumas. A participação do dono da empresa/principal executivo neste processo é de fundamental importância, pois a ação é de influenciar, ouvir opiniões, discuti-las, de promover a abertura ao novo e mostrar que o resultado desejado será bom para a empresa e aos funcionários.
Cada empresa desenvolverá formas próprias na administração das pessoas tendo como objetivo o valor agregado do profissional e da organização. Cada empresa terá o seu padrão de comportamento gerencial, em que baseada na filosofia, do dono do negócio, ou no principal executivo, e a partir destas serão definidas as crenças e valores, o padrão de ética e a forma de relacionamento interpessoal da empresa. É preciso criar o comprometimento de todos.
A evidência da atuação, nesta era industrial, está se voltando à área PRODUTIVA, porém a cultura organizacional sempre será realizada pelos líderes – Coordenadores, Chefes, Gerentes de qualquer área da empresa.
Isto requer mais do que programas de treinamento operacional e/ou comportamental, requer visão do negócio, do segmento da empresa. Requer conhecimento do cliente e do fornecedor, requer sabedoria e entendimento das relações interpessoais e de como estas interferem no resultado organizacional.
Cabe ao empresário estar preparado para ser o mentor intelectual e emocional da reestruturação das relações humanas de sua empresa, e cabe ao profissional de RH, interno ou externo da empresa, criar as condições para a efetivação desta nova mentalidade na Gestão de Pessoas.
É preciso tirar as máscaras das pessoas, porque as mudanças rompem paradigmas e nesse momento, valores, opiniões e questionamentos ocultos, podem aparecer. É preciso enfrentar os conflitos, entendendo que são normais, pois a decisão pelas mudanças não partiu deles, mas de seus líderes. Os líderes precisam dar "tempo ao tempo" e trabalhar com os funcionários sabendo administrar o processo de mudança.* A autora é graduada em Serviço Social, com especialização em Recursos Humanos e diversos cursos em Antropologia, Desenvolvimento Organizacional. Mais de vinte anos na área de RH e estratégias empresariais, atuando em empresas nacionais e multinacionais de pequeno, médio e grande porte na aplicação do conceito de Estratégias de Pessoas & Negócios e implantação de processos e ferramentas de RH. Diretora da LEXDUS. Palestrante em faculdades, in-company, associações de classe, congressos e membro de comitê técnico de congresso de criatividade e gestão de pessoas. Articulista em revistas e mídias da área de Recursos Humanos tendo idealizado o caderno Empresário + RH e a coluna DE PAI PARA FILHO da Revista Profissionais & Negócios. Idealizadora do Grupo / Diretoria DHO – CIESP Campinas, tendo recebido o prêmio em Certificação em Gestão de Pessoas pela FIESP em 2004.
Nenhum comentário:
Postar um comentário