Por questões de sobrevivência, cresce o interesse em despertar e aumentar a capacidade dos funcionários, tornando-os mais criativos na busca de novos produtos, serviços, bem como buscar diferenciação nos processos de vendas, entre outros. Outro dia uma empresa solicitou uma palestra com o objetivo de despertar o potencial criativo dos colaboradores dentro de um cenário repleto de regras e regulamentos.
A criatividade favorece observar, enxergar o que todos estão vendo, visualizando coisas diferentes e aumentando a autoestima, acreditando nos produtos e serviços que estão oferecendo mercado. Outro aspecto interessante é que não basta somente criar, gerar ideias; é preciso analisá-las e implementá-las.
Tenho atendido algumas empresas que criam Banco de Idéias - sistemas integrados de geração de ideias - até mesmo a velha caixa de sugestões como estratégia de incentivo da criatividade e inovação. No entanto, a mesma foi rapidamente transformada em caixa de "queixações". Sinto dizer-lhe que não é por aí que devemos começar.
Agora mais do que nunca a criatividade e a inovação é a solução para a resolução de conflitos, resgate dos valores da empresa e dos colaboradores. Você bem sabe que eu tenho um compromisso com você de trazer sempre alguma experiência que vivenciei, buscando projetá-la em situações que vivemos no nosso cotidiano profissional.
Esse acordo continua firme; e os seus, como estão? Como você está? Cheio de planos? Tem tentado colocar em prática? Continua fazendo atividades que para você não tem sentido? Continua convivendo com pessoas que não lhe agregam nada? Já entrou no grupo dos pessimistas de plantão? Faz parte da equipe "vamos esperar para ver como é que fica"?
É muito comum ouvir, nas minhas palestras, as pessoas comentarem fatos como: "Meu chefe não valoriza as minhas ações. Como mudá-lo?"; "A empresa em que trabalho não possui um plano de carreira e pouco investe nos colaboradores"; "Vivo em um mundo de trabalho hostil"; "Não há como mudar a minha rotina. Tenho de fazer as coisas sempre da mesma forma!"; "Não tenho como criar. Vivo cheio de normas e regulamentos"; "Tenho medo de ser mandado embora por causa da crise"; "Minha equipe não tem iniciativa"; "Os funcionários são descomprometidos"; "Meus resultados estão paralisados, ou até mesmo negativos"; "Estou perdendo clientes!".
Essas questões são fortemente debatidas nos programas de liderança de equipes, administração de conflitos e inovação. E é cada vez mais comum encontrar essas situações dentro das organizações.
Penso muito nesses acontecimentos, reflito e acabo por concluir que não importa o que as pessoas fazem conosco. O que realmente importa é o que estamos fazendo com nós mesmos, com os nossos negócios, com a nossa liderança e o que permitimos que os outros nos façam. Como estão as suas atitudes para com você mesmo, com os negócios e com a equipe? Está entrando nesse Inconsciente Coletivo de que tudo está ruim? Nada poderá fazer? É melhor esperar a "marolinha" passar?
Vivemos constantemente em cenários de conflitos. Não é novidade dizer que vivemos grande parte do nosso tempo com divergências mal resolvidas tanto profissional quanto pessoal. Conflitos mal gerenciados trazem inúmeros custos para a empresa como perda de clientes e bons colaboradores; diminuição do processo de produção, capacidade de entrega e aumento do gasto para resolver problemas, gerenciar desentendimentos e apaziguar os ânimos.
Evitá-los é utopia. Vale a pena utilizar-se das divergências como fonte inspiradora para a criação de alternativas, saídas transformando-as em uma ferramenta de crescimento pessoal e de equipes. Diferenças de pensamentos; personalidades; valores; estresse; carga de trabalho; recursos inadequados; liderança ineficaz; falta de abertura e transparência são as principais causas de conflitos que mais percebo nas organizações em geral.
Os resultados negativos são imensos. No entanto, por outro lado, encontramos os positivos, que quando bem dirigidos, estimulados com técnicas adequadas, tais como: geração de ideias, soluções inovadoras, e aumento da motivação, produtividade, autoestima, eficácia operacional.
É aí que entra a sua enorme responsabilidade em virar esse jogo, seja como Recursos Humanos, líder, empresário, colaborador. O que você preparou para realizar neste ano que, pelo menos, amenize situações como as descritas acima? Bem, junte forças e vamos em frente.
* A autora é autora do livro Os Quatro C’s da Criatividade e da Inovação, lançado no CONARH 2007, pela Editora Qualitymark, e co-autora de cinco livros. Palestrante convidada da Faculdade de Fernando Pessoa (Portugal), professora de graduação e pós-graduação: FAAP, INPG (Instituto de Pós-graduação) e MBA - Instituto Chiavenato (SP), IBMEC, Professora convidada pela USP no “Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais”, do Centro de Aperfeiçoamento e Estudos Superiores da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Membro atuante em entidades como ABRH e ABTD. Criadora e Gestora do Prêmio APARH - Revista Vencer! de Criatividade nas empresas e do 1o Fórum de Inovação Aplicada ao Negócio. Há 25 anos atua na área de Recursos Humanos, Treinamento e Desenvolvimento, Marketing, Vendas e Gestão. Mais de 25 mil pessoas já assistiram às suas palestras e treinamentos (abertos e in company) e ministrou aulas para mais de três mil alunos. Seu trabalho tem sido realizado em mais de 150 empresas dos mais diversos setores da economia, como: GM, Souza Cruz, ID Logistics, Belgo Mineira, Philips Morris, Astra,Solvi, Basf, RDM, CMA, Boticário, entre outros. Atua no Brasil e em países como Angola (ONU), Venezuela, Argentina, México, Espanha, Portugal e Japão.
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