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5.19.2009

Reter talentos: questão de estratégia

Por: Patrícia BispoPortal RH.com.br

Para reter e atrair os talentos, as organizações têm procurado cada vez mais manter um clima organizacional agradável. E dentro da proposta de estimular a motivação das equipes, a oferta de benefícios tem se destacado como uma ferramenta de fortalecimento na relação empresa-colaborador. Mas quem imagina que isso é apenas um privilégio das grandes e médias corporações, não está observando atentamente o que vem ocorrendo no mercado. Hoje, oferecer atrativos também se tornou uma estratégia para as pequenas empresas. Esse é o caso da Sadig - uma empresa gaúcha que volta seus serviços para sistemas de informação.

A Sadig com sede em Montenegro, no Rio Grande do Sul, foi fundada há 19 anos. Desenvolve metodologias, produtos e serviços que geram e distribuem informações para apoio às decisões nos níveis estratégicos, táticos e operacionais das empresas. Conta com cerca de 450 clientes em todo o Brasil e 40 parceiros em oito Estados. Entre os clientes da Sadig, encontram-se: Florestal, Vulcan, Lojas Gang, GBOEX, Dellano, Netrella, Soprano, Penalty, Petrobras, Seven-Boys e Unimeds. Atualmente, a organização conta com 25 colaboradores.

Segundo Moacir Pogorelsky, presidente da Sadig, a preocupação em oferecer benefícios aos colaboradores sempre foi uma constante. Quando a empresa dá ao funcionário melhores condições que influenciam o trabalho e a qualidade de vida, continua ele, o profissional se sente mais motivado e isso, conseqüentemente, reflete na qualidade do serviço prestado ao cliente. "Se oferecemos benefícios aos nossos colaboradores, é improvável que nossos talentos humanos procurem outras alternativas de trabalho", complementa.

Todos os colaboradores da empresa recebem benefícios. No entanto, vale ressaltar que a oferta varia de acordo com a função que cada um exerce. Na lista de benefícios da Sadig, encontram-se: plano de saúde (10%), seguro de vida (0%), vale transporte (5%), auxílio combustível (5%), auxílio refeição (5%), auxílio supermercado (5%), programa de auxílio financeiro (taxa de juros bem inferior às do mercado), previdência privada (em estudo) e PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Esse último, adotado a partir de 2004, tem despertado muito o interesse dos colaboradores, visto que existem três situações distintas para a remuneração variável.



No primeiro caso, a PLR é calculada com base em uma tabela que determina quantas remunerações mensais adicionais o colaborador receberá, dependendo do percentual atingido e da superação de suas metas anuais:
* 80% da meta anual - 0,5RM (remuneração mensal);
*100% da meta anual - 1RM;
*140% da meta anual - 1,5RM;
* 180% da meta anual - 2RM.
Para as outras duas bases da PLR, Moacir Pogorelsky explica que existe um cálculo, onde mensalmente um percentual determinado das receitas relativas aos projetos especiais é distribuído aos colaboradores. Para isso existe uma tabela de rateio, cujos percentuais são variáveis e definidos pela diretoria conforme importância relativa do cargo. "Numa terceira alternativa, mensalmente, um percentual que é determinado das receitas relativas às licenças de software é distribuído aos colaboradores, também de acordo com a mesma tabela de rateio", complementa o presidente da Sadig. Vale ressaltar que esses valores são considerados disponíveis para distribuição, depois de serem efetivamente recebidos, ou seja, encontrarem-se em regime de caixa.

Quando questionado se antes de adotar a política de benefícios, a empresa realizou alguma pesquisa no mercado, Moacir afirma que a organização fez apenas estudos internos. Para saber se a oferta está sendo compatível com o mercado, ele ressalta que semestralmente a empresa faz uma revisão em relação aos parâmetros estabelecidos quando da implantação do benefício. "Avaliamos o valor de uma refeição para uma pessoa, no centro de Porto Alegre, incluindo bebida e sobremesa", exemplifica.

Sobre a receptividade dos funcionários em relação ao pacote de benefícios, o presidente da empresa afirma que, no geral, tem sido bem positiva. No entanto, ele alerta que sempre existem questionamentos e comparações dos colaboradores em relação uns aos outros. "Isso é natural nas relações humanas", pondera ao finalizar que o segredo do sucesso das empresas está cada vez mais assentado no grupo de pessoas que as compõem e que todos os colaboradores precisam fazer parte da massa pensante da organização.

* A autora é formada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo, pela Universidade Católica de Pernambuco/Unicap. Atuou durante dez anos em Assessoria Política, especificamente na Câmara Municipal do Recife e na Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco. Atualmente, trabalha na Atodigital.com, sendo jornalista responsável pelos sites: www.rh.com.br, www.portodegalinhas.com.br e www.guiatamandare.com.br.

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