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7.03.2008

Líderes do futuro: T&D na IBM

Líderes do futuro: Na IBM, executivos jovens e promissores serão voluntários em países emergentes para aprender a comandar uma companhia global

Por Rafael Barifouse

Os mercados dos países emergentes já respondem por 40% dos US$ 98 bilhões que a IBM fatura anualmente. É uma marca e tanto quando se considera que a empresa cravou sua bandeira em 170 nações ao longo de mais de 100 anos de história. Com seu futuro atrelado às economias em desenvolvimento, entendê-las a fundo tornou-se, portanto, prioridade para a Big Blue. Nos próximos três anos, 600 funcionários selecionados pela corporação serão enviados a países emergentes como parte do programa Corporate Service Corps (CSC).

Durante um mês, eles trabalharão como voluntários em empresas, ONG's e governos com o objetivo de aplicar tecnologia da informação em questões socioeconômicas e promover o desenvolvimento dos mercados locais.

Vindos de várias filiais da IBM, esses executivos têm em comum o fato de já participarem de projetos sociais, serem jovens e potenciais líderes. A idéia é que eles ganhem experiência e retornem com uma nova visão desses países, ajudando a empresa a avaliar oportunidades de crescimento. "É um novo jeito de pensar liderança", diz Stan Litow, vice-presidente de responsabilidade corporativa. "Um presidente ou um gerente não é mais somente um líder de negócios. Deve ser um pensador social."

Três brasileiros participarão da primeira etapa do programa, que começará em julho. Um deles é Rafael Cunha, um especialista em internet, de 25 anos, que entrou na IBM em 2005. Nas horas vagas, Rafael faz leitura de livros para deficientes visuais, prática que, além de seus predicados profissionais, o credenciou a participar do CSC. Ele irá para as Filipinas prestar consultoria a pequenos agricultores. "É a chance de conhecer outras culturas e ajudar a resolver problemas que a gente vê diariamente nos jornais", diz Cunha.

O novo programa, orçado em US$ 6 milhões, foi concebido para jovens executivos como Cunha, para quem não bastam dinheiro e prestígio. Eles querem carreiras com relevância social. A escola de negócios de Harvard, nos Estados Unidos, dá uma dimensão da mudança. Lá, o clube de alunos que estuda empresas voltadas a causas sociais é o maior do campus, com 500 representantes. "É vital para os jovens que a empresa lance desafios", diz Manoel Rebello, diretor da consultoria Heidrick & Struggles. "Se ela ainda se volta para novos mercados e cria serviços inéditos, vira uma tacada espetacular."



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