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3.17.2009

Profissionais devem adequar seus perfis para atender demanda do mercado

Por: Flávia Furlan Nunes - Portal Gestão & Liderança

Se, antes da crise financeira, as montadoras estavam contratando profissionais e focando na quantidade, depois do início da turbulência, o cenário mudou e o mais importante passou a ser a qualidade. No mundo todo, colocou-se o pé no freio, com adiamento de projetos, corte de orçamentos e demissões.

Diante desse cenário, mudaram as exigências em relação às qualidades do profissional do setor. "A cadeia produtiva automobilística sempre valorizou o profissional superespecializado - como, por exemplo, um vendedor expert no atendimento a frotas - em detrimento do profissional com perfil mais abrangente em competências e conhecimentos", afirmou o consultor sênior de recrutamento e seleção de executivos da Transearch Brasil, Flávio Buschinelli.

De acordo com ele, a crise vai prejudicar o profissional superespecializado, que se faz necessário quando existem novos projetos, mas que se torna caro para a companhia quando novas ações são adiadas, as vendas caem e etc. "Manter-se no trabalho ou começar uma carreira vai exigir uma mudança de perfil, porque as empresas passarão a necessitar de profissionais mais ecléticos, de formação mais ampla, que possam servir em várias funções", disse o consultor.

O setor automobilístico

Em relação ao setor automobilístico, o especialista afirmou que, por conta da crise, será preciso investir em inovação. Com exceção do ABS, air-bag, dos veículos crossover e SUV, o consultor disse que a indústria não apresentou nenhuma grande novidade tecnológica nos últimos 20 anos, em termos de produtos disponíveis no mercado.

Por isso, para o profissional do setor, não bastarão diploma universitário, pós-graduação e MBA (Master Business Administration). É preciso buscar uma formação adjacente, talvez num curso de sociologia, design gráfico, engenharia ambiental, ou outro qualquer que ajude a entender como a tecnologia pode ser reinterpretada para servir melhor as necessidades do consumidor.

"Quem quer entrar neste ou em outro mercado deve fazer um teste vocacional, a fim de reconhecer e desenvolver outras habilidades e se focar nelas. No mercado pós-crise, o grande diferencial não será o conhecimento específico, mas o quanto suas outras aptidões e conhecimentos amplos podem acrescentar ao seu trabalho".

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