Por: Alberto Komatsu - Valor Online
Depois de dois anos de flerte, a CVC e o fundo americano de investimentos Carlyle anunciam hoje a maior transação da história do setor de agências de viagens no Brasil. O Carlyle tornou-se acionista majoritário da maior operadora de turismo do país, com cerca de 63% de participação. O valor do negócio não deve ser divulgado, mas pessoas próximas estimam que seria de aproximadamente US$ 600 milhões ou o equivalente a pouco mais de R$ 1 bilhão.
O fundador da CVC, Guilherme Paulus, permanece no conselho de administração, de nove membros. O atual presidente da operadora Valter Patriani, tido como peça-chave na empresa, onde iniciou carreira em 1978 como vendedor, continuará no cargo. No conselho, o Carlyle deverá ocupar seis cadeiras. O fundador da CVC, por sua vez, poderá indicar três pessoas.
Só a operadora foi negociada. Outras empresas do grupo, como WebJet, CVC Cruzeiros, GJP Administradora de Hotéis e Set Travel permanecem com Paulus. Os recursos da venda vão expandir a operação da CVC, que pretende se internacionalizar.
A CVC foi fundada em 1972, em Santo André. Cresceu com a venda de pacotes turísticos a funcionários de montadoras do ABC paulista. Em 2009, embarcou 2 milhões de pessoas. Já o Carlyle estreou no Brasil em 2007, ao comprar a Scopel, do ramo imobiliário, por US$ 70 milhões.
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