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1.26.2009

The Leadership Code - O livro

Por: Stefan Stern, do Financial Times

Quando autores convencem colegas importantes a subscrever elogios por antecipação a seus novos livros, isso geralmente sugere que ou quem escreve de fato está comparecendo com algo novo e diferente, ou tem uma impressionante rede de amigos leais. Este novo livro (ULRICH, David; SMALLWOOD, Norm; SWEETMAN, Kate. The Leadership Code. EUA, Harvard Business Press: 2008) chega envolvido em entusiásticos endossos de acadêmicos, gurus e homens de negócios. Um deles oferece este sério elogio: "Não se trata apenas de outro livro sobre liderança". Será esta uma avaliação precisa?

À primeira vista, parece haver aí uma certa generosidade. Os autores não dizem que fizeram uma pesquisa original. Ao contrário, explicam que sua intenção é "sintetizar as referências existentes, instrumentos, processos e estudos que definem as regras que todo grande líder observa".

Para isso, adotaram uma abordagem eficaz e prática. "Confrontados com meio milhão de livros sobre líderes e liderança, nos voltamos para especialistas reconhecidos que já passaram anos filtrando evidências e desenvolvendo suas próprias teorias", escrevem.

Depois de conversar com esses especialistas e recorrer a sua própria, e significativa, experiência (David Ulrich é reconhecidamente o mais importante analista de questões de relações humanas e trabalha com Norm Smallwood e Kate Sweetman para a empresa de consultoria RBL Group), os autores produziram um "código de liderança" que contém cinco elementos-chave. Siga esse código, dizem, e 60-70 por cento dos desafios, em matéria de liderança, estarão resolvidos. Eles são sensatos e honestos o suficiente para admitir que os restantes 30 por cento de eficácia na liderança têm a ver com os modos de se lidar com questões específicas que variam de organização para organização.

Que código é esse? As cinco regras são: "molde o futuro" (seja um estrategista), "faça as coisas acontecerem" (seja um executor), "envolva o talento de hoje" (seja um gestor de talentos), "construa a próxima geração" (seja um criador de capital humano) e "invista em você mesmo" (trabalhe sua competência pessoal).

As duas primeiras regras não trazem nada de excepcional. Líderes não precisam ouvir que devem apresentar um apurado senso de estratégia, ou que devem ser capazes de fazer as coisas acontecerem. Onde o livro se torna interessante - não surpreendentemente, uma vez que se trata da área de especialidade de Ulrich - é nos capítulos em que se discutem as outras três regras, todas relacionadas a pessoas.

Para "envolver os talentos de hoje", os autores sublinham a necessidade de os líderes serem comunicadores de primeira linha, capazes de adaptar a mensagem "para a sala da diretoria e para o refeitório", e assim aprendendo nas duas áreas. "Compartilhar informação não é suficiente", dizem. "As pessoas agem com base no que ouvem, e que apela às suas mentes e corações ... você precisa compartilhar suas emoções, seu íntimo, não apenas suas idéias intelectuais." E a parte desagradável? "Espere compartilhar uma mensagem dez vezes para cada vez que você será ouvido e compreendido."

Para "construir a próxima geração", os líderes devem ser incansáveis na busca de talentos. "Quando conseguir um, não o largue mais." Os autores apreciam a idéia, da escritora Beverly Kaye, de "entrevista para ficar": algo parecido com a "entrevista para sair", só que para manter as pessoas junto do empregador. O que você precisa fazer para que não deixem a empresa?

Para "investir em você mesmo", procure, primeiro, se conhecer melhor e então mostre as coisas que você gosta de fazer e nas quais é bom. "Você precisa desenvolver aquelas suas forças que fortalecem os outros."

O capítulo final destaca outro ponto importante. As empresas precisam estabelecer uma teoria clara de liderança, de maneira que as pessoas saibam o que se espera delas. As cinco regras citadas podem ser úteis também aqui.

Então, "não é apenas mais um livro sobre liderança"? Sim e não. Líderes precisam, sim, de ajuda neste momento, e Ulrich, Smallwood e Sweetman a oferecem. E descrevem "idéias práticas, 'insights' e ações destinadas ao desenvolvimento de grandes líderes em todos os níveis das organizações", como afiança um dos que elogiam o livro -, diretor sênior do Royal Bank of Scotland, agora controlado pelo governo britânico.

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