Muitas empresas empregam recursos e esforços gigantescos para implementar mudanças, mas infelizmente várias naufragam no imenso oceano do novo e do desconhecido. Inicialmente vem toda aquela empolgação, mas aos poucos as propostas caem no esquecimento e a situação tende a voltar ao que era antes ou até pior, já que há um incremento no descrédito devido às novas tentativas de mudanças frustradas.
Várias iniciativas de mudanças acontecem devido ao interesse de “andar na moda” e também ao fato de acreditar que um determinado pacote que serviu para uma organização servirá também para outra. A conseqüência é muito dinheiro, energia, tempo, etc., desperdiçados, além de um ambiente nada saudável. Outro ponto bastante negativo se refere às soluções caseiras enterradas junto com talentos deixados ao acaso.

Se a consciência não for priorizada, instala-se uma guerra. Uns com medo das perdas, ficam indiferentes ou tentam atrapalhar. Outros, percebendo oportunidades, dissipam enorme energia mas acabam se cansando por lutarem sozinhos e sem rumo.
As lideranças, quando discursam para o coletivo, demonstram uma grande sintonia entre si e com os objetivos organizacionais. O problema é que quando a “bola rola”, no dia-a-dia, nas interações individuais ou em grupos menores, percebem-se práticas não condizentes com os discursos.
A jornada para colocar a empresa preparada para se apresentar em um novo cenário é longa e exaustiva, exigindo equilíbrio, liderança, paciência, coragem, comunicação, entre outros. Após conseguir sobreviver à toda turbulência (que é inerente a praticamente todo processo de mudança), sem abandonar os objetivos traçados e mantendo o máximo possível de seu efetivo humano comprometido e alinhado, a empresa estará mais madura e fortalecida, principalmente devido ao aprendizado individual e coletivo. Estas situações devem ser encaradas como particularidades de cada organização, o que é praticamente impossível de se conseguir com “fórmulas prontas”.
O primeiro público alvo das mudanças são as próprias pessoas que formam a empresa. Se estas não comprarem a idéia, os agentes externos é que não comprarão mesmo. A equipe precisa compreender a relevância e a abrangência das mudanças. É necessário aprender uma nova forma de pensar, agir e se relacionar. Estas pessoas devem ser envolvidas de tal forma que passem a ter o sentimento de posse (eu ajudei a fazer isso!). Dessa forma é obtido maior comprometimento com menor desgaste.Com muito equilíbrio e persistência é bem provável que chegará um momento onde a mudança deixará de ser uma iniciativa e se transformará numa nova filosofia de trabalho.
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