..:: [Pesquisa] ::..

..:: [Translate] ::..

9.01.2008

Aquecimento do turismo impulsiona vagas no setor

ANDRÉ LOBATO (31/08/2008 - 10h01)
Colaboração para a Folha de S.Paulo

O aquecimento da economia e o aumento do valor médio gasto por turistas estrangeiros no Brasil contribuíram para a formalização do trabalho no setor de turismo, que tradicionalmente tem alta informalidade. Veja vídeo.

O emprego formal no segmento cresceu 14,7% entre 2002 e 2006 - mais do que o informal, que teve acréscimo de 10,9%, segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que deverão ser divulgados em dois meses.

"O crescimento do turismo no Brasil, de cerca de 9% em 2007, é o dobro da média mundial para o setor", diz Ricardo Moesch, coordenador-geral de qualificação dos serviços turísticos do Ministério do Turismo.

Um levantamento da FGV (Fundação Getúlio Vargas) com executivos de 92 empresas do setor, divulgado em março, indicou que a elevação do faturamento estimulará as contratações ainda neste ano. Os destaques são as companhias aéreas e as locadoras de carro.

Onde há vagas


Especialistas ouvidos pela Folha afirmam que hotelaria e alimentação são os setores que mais demandam mão-de-obra com qualificação técnica, como garçons e cozinheiros.

Alexandre Sampaio, vice-presidente da Federação Nacional de Hotéis, destaca que cargos de gerência seguem estáveis, mas que técnicos terão grande procura.

Segundo o Ipea, os maiores crescimentos do emprego formal ocorreram nos segmentos de auxiliar de transporte (49,4%), agências de viagem (39%) e alimentação (36,7%).

A região Norte teve o maior aumento na contratação formal (28,3%). O Sudeste ficou em último, com 10,7%.

O Rio de Janeiro foi a cidade que, entre 11 capitais turísticas, obteve o pior crescimento da ocupação em restaurantes e bares entre 1996 e 2006, segundo levantamento feito pelo Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes da cidade. Com 27% de aumento, ficou muito atrás da primeira colocada, Florianópolis, que teve 300%.

Eventos

O país melhorou sua posição mundial como sede de eventos: passou do 19º lugar, em 2003, para o oitavo, em 2006.

Cursando gestão em turismo e hotelaria na Universidade Estadual Vale do Acaraú, no Ceará, Luciano Santos, 22, pretende trabalhar com eventos ou em outra área que também tem forte demanda: o turismo de aventura.

3 comentários:

Amanda Pina Mendes disse...

Pura realidade!
Não só no setor de Turismo, mas também nos demais setores, a mão de obra técnica está sendo cada vez mais procurada - e valorizada!
Isso nos remete a importância de compreender o mercado de trabalho e suas exigências tão dinâmicas!

Bom por um lado isso é bom(o que significa crescimento do setor de serviços turísticos, investimentos, etc.)por outro lado, nem tanto: o que acontecerá com os profissionais de curso superior?
Eles investem mais tempo e dinheiro em sua formação, entretanto, muitas vezes não possuem o conhecimento técnico suficiente para assumirem estes postos de trabalho demandados pelo mercado. Desta forma, perdem o posto!

Esta análise nos permite pensar e rever conceitos, compreender de fato as expectativas do mercado e, consequentemente,nos posicionar em relação ao que o mercado está buscando.

Abraço!

Prof. Dr. Aristides Faria disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Prof. Dr. Aristides Faria disse...

Querida Amanda!!

Você, certamente, já ouviu o discurso de que o turismo "é uma área maravilhosa por que qualifica a pessoa. O sujeito entra sem ter uma formação e/ou um ofício e começa a aprender...".

É a realidade, inclusive, mas dói! Imagine contratar um cara com segundo grau para ser advogado júnior de um escritório de assessoria jurídica! Ou Engenheiro Júnior de uma construtura!

É isso o que acontece no turismo! Pessoas sem qualificação e sem perspectivas de carreira entram nas diversas áreas do Turismo atrás de ocupação e não de carreira!

Por isso aposto todas as minhas fichas no programa de certificação! O cara não precisa ser bacharel ou técnico (o que seria ideal, mas elitista e fora da realidade)... teria "apenas" de passar de cinco em cinco anos - o que pressupõe carreira - por uma avaliação outorgada pelo Instituto de Hospitalidade, sob as normas da ABNT (órgão nacional de normatização).

O que acha?!

Vamos fritar os neurôneos!