Por: Samuel Paz* – RH.com.br
Há muito tempo estamos presenciando que o mercado de trabalho vem mudando radicalmente os conceitos referentes às competências dos novos profissionais, exigidos pelas empresas destes tempos globalizados. Há anos as organizações solicitavam dos colaboradores que eles tivessem longos anos de experiência, que fossem especialistas na função, além de serem conformados - com pouca criatividade - sem muita agressividade, que vestissem "literalmente" a camisa da companhia, com pensamento focado no crescimento da corporação.
Por fim, que tivessem disposição de fazer carreira nela, ou seja, profissionais de comportamento estáveis, acomodados e sem muita aspiração profissional. Esta situação, é outra e quem não estiver disposto a acompanhá-la ficará fora do mercado de trabalho.
Nos dias atuais, isto, já algum tempo, as exigências das organizações mudaram de maneira assustadora. Se não vejamos algumas das novas competências dos Recursos Humanos, inseridos na nova "era você S/A", que determinará ou não o sucesso dos novos profissionais. Neste novo cenário, visualizamos colaboradores que investem continuamente em suas qualificações.
O que as empresas desejam são profissionais cujas competências estejam voltadas para o campo da antropologia e não para a tecnologia, o que pode parecer um paradoxo. É só observarmos algumas dessas novas exigências como flexibilidade, afetividade, motivação, gostar de aprender, possuir sentido de trabalho em equipe, ter visão de futuro, ser equilibrado e ponderado, ser exímio ouvinte, ter capacidade para trabalhar sob pressão, e, por fim, que apresentem as mais novas competências da "era você S/A" que são, em resumo, as descritas a seguir.
Competência para trabalhar com qualidade e produtividade - Isso significa aqueles colaboradores focados em resultados e na melhoria continua de suas atividades, e sempre com maior eficácia. Profissionais com esta competência estão em alta no mercado de trabalho.
Competência para tomar decisões - A cada dia que passa as decisões estão descendo dos altos escalões para os níveis mais baixo da hierarquia empresarial. Assim, pessoas com baixa agressividade para tomar decisões são preteridas para os profissionais que têm poder para tal; estes possuem um valor a mais no mercado de trabalho, sendo também mais valorizados.
Competências para redução de custos - As organizações no mundo moderno mudaram seu conceito de formação de preço de venda. Se antes este era indicado pelo mercado concorrente, hoje é o contrário; o preço é formado pelo custo interno obtido pela empresa. Profissionais criativos e com a competência de redução de custos, focados na eliminação de perdas e diminuição de desperdícios de toda espécie, estão com alto valor.
Competência social - Esta é a mais nova exigência do mercado de trabalho. Isso porque as empresas chegaram à conclusão de que não adianta contratar um excelente profissional, mas que possui deficiência de relacionamento, isto é, um profissional impaciente e agressivo com as pessoas, individualista, com emoções ocultas, que a qualquer momento pode interferir no seu comportamento e na equipe, como a tristeza, a impulsão, a desilusão, a frustração, o medo, o ciúme e, por fim, a angústia.
As empresas atuais querem profissionais tranquilos, equilibrados, serenos, calmos, otimistas, motivados, altivos e que valorizem a qualidade dos relacionamentos interpessoais. Se você ainda não possui essas competências, inicie já um aprendizado enquanto há tempo. Na "era você S/A", saber se relacionar de modo qualitativo e produtivo será um grande diferencial para os profissionais desta nova realidade, ou seja, é você que determina o seu destino e o seu sucesso. Boa sorte.
* O autor é CMC - Certified Management Consultant. Consultor. IBCO/ICMCI/USA - International Council Management Consulting Institutes. Auditor da ISO 9000 – HGB-SAM/USA. MBA pela FGV em Gestão da Qualidade Total. Consultor Autônomo de Gestão da Qualidade em empresas de Serviços Automotivos há mais de 10 anos.
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