Por: Aristides Faria
Na noite da última sexta-feira (06) o Brasil acompanhou a
publicação da lista de nomes de políticos potencialmente relacionados com um
esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal sob o título “Operação
Lava Jato”.
Ao todo, foram citados 22 deputados federais, 12 senadores,
12 ex-deputados e uma ex-governadora de seis partidos (PMDB, PT, PP, SD, PSDB e
PTB). Há outras pessoas que serão investigadas, mas que não têm ou já tiveram
cargos eletivos.
O evento – quase cinematográfico – da noite passada conota
um apagão institucional, ou seja, uma crise de liderança pela qual passa o
Brasil. As métricas para consecução de um cargo público, naturalmente, são
diferentes daquelas exigidas para a obtenção de uma colocação em um emprego na
iniciativa privada. Ocorre que os valores que orientam a avaliação do
profissional são basicamente os mesmos.
Há um mantra no mundo corporativo que diz: “as pessoas são
contratadas por suas competências e demitidas por seus comportamentos”. Não é
por ocaso que esse pensamento é predominante tanto no âmbito empresarial quanto
na gestão pública. Faz todo sentido!
Bem, a partir de algumas reflexões sobre a qualidade dos
relacionamentos profissionais que vivo ou já vivi, pensei em escrever esse
texto para compartilhar algumas inquietações a respeito das “relações de
hospitalidade”.
Não vou teorizar, tampouco convidar outros autores para essa
conversa – quase despretensiosa. Minha intenção é externar algumas “viagens” e
convida-lo, amigo leitor, a fazer o mesmo. Assim, juntos, formaremos uma
corrente de pensamento... espero que positiva.
Ademais das competências profissionais, qualidades e
características pessoais ou sua filiação partidária, você escolheu –
voluntariamente ou não – algum motivo para votar em um determinado candidato
nas últimas eleições. Provavelmente há alguma empatia com sua figura pública ou
qualquer tipo de esperança, expectativa e confiança em seu trabalho.
O que as “reações de
hospitalidade” têm a ver com essa conversa? No momento em que um servidor
público ocupante de um cargo eletivo – ou não – se beneficia de seu alto posto
na hierarquia governamental para a obtenção de benefícios próprios, ele
infringe, antes de leis e regulamentos, um laço de confiança.
Essa pessoa desconsidera a crença que outrem depositou em si
anteriormente. Esse “profissional” – por conta de seu comportamento –
responderá (provavelmente!) por seus – sempre supostos – atos, mas nesse
momento as vidraças já estão trincadas e a relação de confiança poderá nunca
mais ser reestabelecida.
Acredito, então, que as tais “relações de hospitalidade” são
alicerçadas em valores como a confiança mútua, o diálogo aberto e franco, na
transparência de intenções, na colaboração e cooperação entre as partes, na
certeza reciprocidade, no altruísmo e no genuíno interesse de servir.
Ser hospitaleiro, pois, tem a ver com estabelecer, manter e
sempre renovar laços de verdadeira confiança no próximo. Eu confio em você! E
você? Confia em mim?
Um forte abraço,
Sucesso sempre!
Aristides Faria
Sucesso sempre!
Aristides Faria
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