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1.20.2011

Desigualdade e Favelas Cariocas: a Cidade Partida está se Integrando?

Centro de Políticas Sociais lança o estudo “Desigualdade e Favelas Cariocas: a Cidade Partida está se Integrando?”

A pesquisa, lançada na última terça-feira em coletiva de imprensa apresentada por Marcelo Neri, coordenador do CPS, tem como objetivo retratar em que ponto favela e “asfalto” se aproximaram e em que áreas se afastaram mais, como educação, renda, pobreza e desigualdade, trabalho, saúde e moradia. A pesquisa consolida estudos anteriores e atendeu inicialmente demanda da FGV Projetos de subsidiar a Prefeitura do Rio e a sociedade civil na discussão do plano diretor da cidade.

A quantidade de pessoas em situação de pobreza (ou seja, com renda abaixo de R$ 140 por pessoa na família) diminuiu de 18,58%, em 1996, para 15,07%, em 2008, nas favelas da cidade do Rio de Janeiro. Por outro lado, a pobreza aumentou de 7,87% para 9,43% no "asfalto" (moradores dos bairros), no mesmo período.
"De 1996 a 2008, a pobreza na cidade do Rio não chegou a aumentar muito. Mas o grande ponto é que no Brasil diminuiu. Ou seja, é um aumento num contexto em que a pobreza e a desigualdade brasileira estão melhorando a olhos vistos nesse período" explica Neri.
Outro dado da pesquisa é o motivo pelo qual os jovens das favelas deixaram as escolas. Trinta e um por cento dos jovens das favelas dizem que largam a escola para trabalhar e 39% a deixam simplesmente por falta de interesse. No “asfalto”, essas taxas são, respectivamente, de 22% e 25%.

Os moradores das favelas dispõem de pior acesso a serviços privados de saúde: 12,5% da população nos aglomerados subnormais possui acesso a plano privado de saúde contra 50,5% do resto da população. Ambas as proporções caíram entre 1998 e 2008.

Acesse a pesquisa na íntegra, que conta com textos, slides, vídeos e bancos de dados interativos capazes de exibir tabelas e gráficos de acordo com as necessidades do usuário.

..:: Fonte: FGV

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