Por: Aristides Faria
Meu
objetivo nesse artigo é convidar ao amigo leitor que reflita sobre as condições
para o aumento da competitividade do Brasil no mercado internacional. Como brasileiro,
pergunto-me se seremos sempre o país do futuro? Refiro-me a um futuro que nunca
chegou. Chegará?
Desde
2005, o World Economic Forum (WEF)
publica relatórios sobre a competitividade das nações em nível global. O
principal documento editado pelo organismo é o Global Competitiveness Report (GCR), que é uma ferramenta
desenvolvida para aferir as bases micro e macroeconômicas da competitividade
das nações. Nesse documento são analisados índices setoriais.
Afinal,
o que é essa tal “competitividade”? O WEF a define como o “conjunto de
instituições, políticas e fatores que determinam o nível de produtividade de país”.
Passada
a recente crise econômica mundial, cujo pico ocorreu ao longo do ano de 2008,
conforme as economias começaram a se restabelecerem, Estados Unidos, Japão e
Reino Unido passaram por criaram políticas de regulação monetária com “aperto”
das condições financeiras, o que impactaram tanto economias avançadas quanto
aquelas emergentes.
Esse
período de depressão econômica parece ter despertado as nações para o fato de
que as agendas econômica e social têm de caminhar juntas, em harmonia, com foco
em reformas e mudanças que compensarão essas mesmas nações com melhores níveis
de produtividade com a abertura de novas e melhores oportunidades de emprego
para todos os segmentos da população.
Atualmente,
o cenário predominante é o de que as economias emergentes terão crescimento
mais modesto em relação ao passado recente. Após alguns anos de bom desempenho,
liderando o crescimento mundial, sua performance
poderá ser afetada por mudanças no ambiente, caracterizadas pelo aumento da
dificuldade de acesso ao crédito assim como pela diminuição dos preços das commodities no mercado internacional,
que alimentou o crescimento desses países no passado – um cenário que também
afeta diversas nações em desenvolvimento.
De
acordo com o WEF, instituições sólidas, talentos humanos disponíveis e alta
capacidade para inovar são a chave para o sucesso de qualquer economia; e esses
elementos serão cada vez mais essenciais no futuro.
Diante
desse rápido e superficial apanhado sobre o GCR 2014-2015, reforço a questão que
lancei no título desse artigo: O Brasil
será para sempre o país do futuro? Eu espero sinceramente que não, ou seja,
que esse futuro torne-se presente em muito breve e que possamos dar vida a
herança que graciosamente recebemos!
Referência
WORLD
ECONOMIC FORUM. Global Competitiveness Report 2014-2015. Genebra, 2014. Disponível em:
< http://www3.weforum.org/docs/WEF_GlobalCompetitivenessReport_2014-15.pdf
>. Acesso em: 10 de março de 2015.
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