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4.24.2010

Prof. Minoru Ueda: Sorrir: ato ou efeito de deixar uma pulga atrás da orelha

Por Minoru Ueda - HSM Online

Meu objetivo neste texto é unir dois assuntos ligados intimamente ao processo da empatia: o ato de sorrir e os cenários que ele cria. O título que escolhi para condensar minha proposta aqui é um pouco estranho, mas vou mostrar que essa estranheza é apenas nossa falta de experiência no ato de sorrir. Ora, como é possível colocar uma pulga atrás da orelha de alguém com um sorriso?

As coisas que acontecem em nosso cotidiano, todos os territórios moventes em que circulamos (problemas ambientais, injustiças sociais, dificuldades com educação e saúde, transporte público lotado e trânsito absurdo na hora do rush) não nos deixam mais sorrir com naturalidade. Parece que nosso Brasil está cada vez mais carrancudo, mesmo sendo o país do carnaval e do futebol.
Nas minhas aulas e palestras corporativas, defendo o poder do sorriso como maneira de fazer as pessoas pensarem. Ou seja, “colocar uma pulga atrás da orelha”, uma de nossas expressões populares que também significa “deixar alguém pensando em algo complexo”. Porém, utilizo esta referência no sentido positivo. Uma pulga atrás da orelha não quer dizer apenas que algo ruim está para acontecer. Na verdade, até arrisco uma ousadia. Com o ato de sorrir naturalmente, estamos aptos a colocar um “elefante” atrás da orelha das pessoas. Quando sorrimos, ativamos os neurônios-espelho das pessoas ao redor e as lembramos de que é possível sorrir para a vida.
O sorriso natural é um índice de que temos o espírito leve, de que estamos presentes de corpo e alma no que estamos fazendo. O carrancudo é aquele que gostaria de estar em qualquer outro lugar menos ali onde está. A cara fechada é um enrijecimento do corpo, uma torção negativa dos nervos. Vamos imaginar duas recepcionistas: uma mal humorada e uma com um sorriso que nos acolhe. Quem nunca encontrou estes dois exemplos na vida? Quem nos atenderá melhor?

Atualmente venho estudando e pesquisando as quatro gerações no mercado de trabalho. Uma organização possui quatro gerações dividindo o mesmo espaço. Cada geração tem seu modo particular de comportamento. Creio que um dos elementos de ligação entre as idades é o sorriso sincero e natural. Estou falando aqui do sorriso que não ofende, mas que libera uma energia do rosto. Leveza de espírito não é gargalhada em momentos impróprios.

Minha missão é desenvolver ferramentas de liderança que sejam baseadas nas perspectivas de sustentabilidade das relações. É neste aspecto que acredito no sorriso como esta ferramenta que dá movimentação para o espírito exercer a empatia, uma das mais importantes competências emocionais.

Sorrir naturalmente é colocar o seguinte pensamento na cabeça das pessoas: “De onde vem essa naturalidade? Será que consigo ser assim também?” A resposta destas duas perguntas só pode ser encontrada na prática. Sorriam para as pessoas, caros leitores: a alma precisa de leveza.

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