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5.01.2009

Onde você estará daqui a dez anos?

Por: Thiago Muniz* – Portal RH.com.br

Você já teve que encarar essa pergunta e engolir grosso, porque a única expectativa que você nutriu em todos esses anos, é ter o "suficiente", ou seja, recursos financeiros necessários para sobreviver e manter sua família? Imagine agora as perspectivas de crescimento de uma organização formada por pessoas que ali se encontram para desempenhar a obrigação de produzir, dar lucro para a empresa e simplesmente subsidiar sua existência no planeta.

Buscar sempre; desejar algo; satisfazer o ego; "matar" a sede; ir além. Essa é a natureza do homem: satisfação. A voz interior diz: "vai em busca". Os obstáculos que impediam o homem, agora são como desafios. A busca aprimorou, o desejo engrandeceu, a pedra é mais polida, a alma é mais escondida. As gigantes estruturas industriais falam de qualidade de vida e o prazer de viver é trocado por mais notas de dólares. O universo é do prazer, do significado de existir para ter. Agora sim, vimos o horizonte. Silenciamos e percebemos claramente que tipo de "moeda" estamos sendo pagos.

Ricos de prazer, pobres de sabedoria. No final da vida, chame seu filho, lhe dê seus bens e deixe-o rico. Preparado para o mundo que o aguarda para se tornar mais um soldado a morrer nas trincheiras da volúpia do ouro. A "Serra Pelada" está mais viva do que nunca. Formamos garimpeiros da obsessão, coroados pelo poder de compra. Quanto mais comprar, mais será reconhecido pela sociedade garimpeira.

Mas, o que está satisfazendo mais o homem? Bobagem pensar sobre isso, não é mesmo? Pague-me uma cerveja ou me leve a um salão de beleza que irei lhe vangloriar por muito tempo. Chame-me para passear no seu carro novo, traga-me meia dúzia de palavras superficiais, deixe seu corpo sarado e terei o meu modelo de perfeição.

A superficialidade é fácil. Você pode adquiri-la quando quiser. Não há sacrifício, não há esforço, não cansa o cérebro, pois o deixa livre de profundidade. Você terá muitas pessoas do seu lado, pois o comércio da inutilidade e dos relacionamentos por interesses banais são comprados com a ausência de cultura e ideal.


Você poderá eleger seus amigos, como quem compra uma escova de dente e descartá-los quando eles parecerem meio "babacas", por terem escutado mais os pais sobre gratidão, humildade e sentimentos. Aliás, para ter amigos, não precisa de sentimentos, eu enxugo suas lágrimas pela internet, curo sua depressão pelo MSN e posso ser um modelo de beleza para centenas de pessoas na minha rede do Orkut.

Viva a camuflagem social
. Beba dessa taça do prazer. Ufa! As vozes do nosso interior são muitas. Quais são as suas? Será que os motivos que geram um conflito onde todos perdem são maiores que as razões de promover a paz e a união entre os povos? Será que é mais saboroso subir de cargo de forma desonesta, do que carregar nos braços os "feridos" do campo de extermínio da indiferença?

Equipes, convertam o individualismo em propósitos humanitários. Lute pelo sucesso de outra pessoa. Seja um salvador de ideais de nobreza e justiça. Estamos esperando quem? Não existirão pessoas especiais com ações imediatas e resultados a curto prazo para desenvolver a humanidade.

Você é especial, entretanto, o mundo precisa de homens que sejam especiais para os seus semelhantes. Transforme sua empresa em um instituto de desenvolvimento do ser e estaremos próximo de um sonho conhecido mundialmente: "Sonho com o dia em que a justiça correrá como água e a retidão como um caudaloso rio" - Martin Luther King.

* O autor é tecnólogo, ator e palestrante, 30 anos, natural de Santos, vem desde 1985, desenvolvendo palestras fechadas com temas sobre Qualidade de Vida, Motivação, Comportamentos, Marketing Pessoal e outros, fazendo com que em 2002 idealizasse um projeto diferente, juntamente com a atriz Eliana Eduardo, envolvendo artes cênicas e palestra ao mesmo tempo, onde a missão é tornar o treinamento mais real, com um poder de fixação dos ensinamentos maior, pois o evento não é feito apenas com palavras, como as palestras tradicionais, mais com cenas teatrais, fazendo a platéia se identificar com personagens e situações do seu dia-dia. Surgindo então, sua própria empresa: a Motivus! Sendo convidado a contracenar com outros palestrantes - Tendo o primeiro projeto, o WorkShop: "Apertem os cintos a empresa faliu!", um evento sobre comportamentos no mundo corporativo. Em 2004, iniciou um novo projeto, totalmente original e inovador, o ITT (Interação Teatralizada com Telão), onde o palestrante contracena com personagens corporativos (ele mesmo no telão - Nascendo assim o seu novo Workshop corporativo : "O empreGADO REPRODUTOR!".

2 comentários:

Anônimo disse...

Puxa, que texto! Isso deveria ser lido em todas as empresas. Parabéns ao autor!

Eduardo Molina Araújo
São Paulo-SP

Prof. Dr. Aristides Faria disse...

Olá Eduardo!

Agradeço sua participação!

A gente que está no mercado e também gosta de ler sobre tendências e reflexões sobre o mundo trabalho acaba sentindo falta destes conhecimentos na vida real, não é mesmo?!

Um abraço! Continue conosco!
Aristides Faria