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3.05.2009

Tendências do Turismo: perspectiva econômica da cooperação

A primeira fase do desenvolvimento de nossa coluna “Tendências do Turismo” – publicação simultânea entre os blog’s Costa do Sol Turismo e [RH em Hospitalidade] – , que tem a duração de um mês, será marcada pelas considerações acerca daquilo que é a cooperação organizacional dentro de nosso segmento de atuação: Turismo & Hotelaria.
Antes de tudo é interessante apresentar o conceito central de nossa idéia e definir o que entende-se por “Estratégia Cooperativa”. Segundo Child & Faulkner (1998, p.01),

Estratégia Cooperativa é um empenho feito por organizações [e profissionais] a fim de realizar seus objetivos por meio da cooperação com demais organizações [e profissionais] ao invés da competição. Ela foca nos benefícios que podem ser alcançados por meio da cooperação e no “como” administra-la para obter tais benefícios. Uma Estratégia Cooperativa pode proporcionar vantagens significativas para as organizações que estão momentaneamente deficientes em determinadas competências ou recursos para assegurarem os referidos benefícios por meio de links com outras empresas [e profissionais], complementando competências ou atributos; ela pode, ainda, oferecer acesso facilitado a novos mercados, além de oportunidades para a sinergia e o aprendizado mútuos.


É interessante perceber que o conceito levantado aplica-se tanto a organizações – públicas, privadas ou do terceiro setor – quanto a profissionais autônomos. Aplica-se, ainda, àqueles que tomam a rédea da gestão de suas carreiras e não as deixam nas mãos de seus empregadores. Eis uma das grandes tendências do mercado de trabalho (não só em Turismo & Hotelaria).

Vale ressaltar que a tendência do “fim dos empregos” começa a desenhar-se já nos bancos escolares. O sintoma inicial é o aumento da quantidade e da qualidade dos cursos técnicos e das graduações tecnológicas em detrimento dos cursos normais de formação superior. Um segundo sintoma é a inserção precoce destes egressos no mercado de trabalho, a fim de antecipar este contato e mitigar os choques naturais deste momento de transição. É a velha dicotomia entre exigência por experiência anterior Vs. a primeira oportunidade.

Recentemente conheci um profissional de Porto Alegre (RS) que matriculou0-se em um curso de formação de Guias de Turismo. Só no primeiro módulo são cerca de 30 alunos. Além destes há outros que já estão em estágio mais avançado, cursando os módulos nacional e internacional. Todos encerrarão o curso aproximadamente ao mesmo tempo. Passarão a concorrer em um pequeno raio de abrangência geográfica neste mesmo tempo. E agora?

Entre uma conversa e outra, comentei a questão da rede de contatos. Disse que o quanto antes ele começasse a fazer contatos na área – já que meu amigo nunca trabalhou em turismo antes – e pensasse desde logo na formatação de um plano de marketing pessoal. Obviamente esta estratégia não é para resultados imediatos, mas penso que ao momento em que sua formação estiver concluída, sua rede de contatos e sua marca também estarão prontos para assinar contratos.

Esta é a perspectiva econômica da Estratégia Cooperativa! Desenvolver, com interesse genuíno nas pessoas e seus atributos, parcerias duradouras que tragam benefícios e aprendizados mútuos. Pense em você enquanto uma organização e jamais deixe que gerenciem sua carreira por você. Peça ajuda e orientação, mas nunca tire as mão da direção do carro que o conduz a seus sonhos.

Referência

CHILD, John; FAULKNER, David. Strategies os Co-operation. England: Oxford University Press, 1998.

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