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11.26.2008

Santa & Bela Catarina

Não é demagogia ou oportunismo. Aliás, abomino tais atitudes e posturas. A questão do caos que assola o Estado de Santa Catarina me comove profundamente. Aos 17 anos empreendi a primeira grande mudança de minha vida: fixei residência por lá. Em Floripa.

Escrevo estas palavras com um apertado nó na garganta. Um sufoco e uma vontade de me reencontrar. Sim, pois desde que voltei a morar em Santos sinto-me repartido. Algo como um homem lá e um profissional cá. Enfim, é uma introdução para expressar meu nível de amor, carinho, admiração por aquele Estado (e sua história) e sua gente.

Foi na "Santa & Bela Catarina" (slogan bastante verdadeiro) onde consolidei valores, relacionamentos e de lá vêm minhas referências. Minha carreira, sobretudo, é catarinense. Meu currículo é 98% catarinense. O sotaque não carrego mais, contudo, num piscar de olhos, passo a ouvir o falar cantado de meus amigos. Ouço ainda o tom da voz da(s) pessoa(s) amada(s).

Sim, a tecnologia propicia-nos manter contato. Não resolve, mas ajuda a sanar um pouco da saudade delas e do cenário em que nossas vidas se cruzaram. Há um ditado popular que diz algo como "para saber a alegria de regressar é preciso partir um dia". Eu parti. O fiz tão subitamente que nem percebi lá ter deixado meu coração. Se vivo duas vidas, a catarinense ficou com o lado do coração.

Os problemas que as chuvas têm ocasionado são tristes. É o caos. Para quem conhece a região e a assiste agora pela TV, resta uma comoção sem tamanho. Escrevo estas linhas com lágrimas nos olhos. Sinto algo que as mães dizem sentir: "se eu estivesse lá, tudo seria diferente". Como se fosse mudar alguma coisa. Como se eu pudesse ajudar de alguma maneira mais ou menos especial. Insanidade? Amor, prefiro!

Espero que os colegas que participam de nossa comunidade possam colaborar em oração pelo povo catarinense - natos ou adotivos - e, eventualmente, com envio de mantimentos, roupas, dinheiro. Parece piegas? Ok, então pelo menos prestigie o Estado nas próximas férias, conheça/volte a Oktoberfest (que inclusive nasceu no começo da década de 1980, quando caos semelhante acometeu a região do Vale do Rio Itajaí), curta o frio catarinense no próximo inverno e viva a emoção que vivi, torne-se catarinense ao menos por uma dia em sua vida. Viva, experimente e deixe fluir essa energia em seu coração.

Um forte abraço, moçada!
Sucesso sempre,
Aristides Faria

2 comentários:

Anônimo disse...

Aristides, você ensinou aos paulistas durante o tempo em que esteve residindo em Santa Catarina a observar aquela região como um lugar seguro, sustentável, belo, promissor, sem dúvida. E você sempre esteve certo. Se hoje vemos uma tragédia na região,temos que confiar em Deus, cobrar o Governo Federal para recuperar(R$) o "estrago" temporário e fazer doações às famílias atingidas. É isso. Continuaremos sempre admirando aquela "terra" e seguindo suas sábias instruções. Mas o mais importante, sem dúvida, é amar o estado de Santa Catarina e preservá-lo, sempre!

Um abraço
João Paulo Pucciariello

Prof. Dr. Aristides Faria disse...

Além de amigo, um parceiro assíduo das "viagens introspectivas", às quais me referi no texto "VidaSegregadas".

Fazendo uso de suas palavras... "Nossa querida terra foi destruída".

Um afetuoso abraço!
Aristides Faria