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11.03.2008

Conjunto capacitado de funcionários assume papéis de RH na empresa

Por: André Lobato, colaboração para a Folha de S.Paulo.

Com treinamento de líderes e boas ferramentas de avaliação de desempenho, conseqüências da formação de equipes de alto desempenho, alguns papéis do departamento de recursos humanos podem ser descentralizados. Esse é o caso, por exemplo, da Ticket, que presta serviços na área de benefícios.

"O gestor tem autonomia para tomar decisões, descentralizando o RH", diz Edna Bedani, diretora de recursos humanos. Os colaboradores contam com um sistema de avaliação automatizado, mas que não abre mão do contato humano.

O profissional se avalia e é avaliado pelo gestor. Depois, os dois conversam para buscar o consenso. Paralelamente, um sistema informatizado é preenchido pelo chefe, reunindo os resultados de toda a equipe em um mapa de desempenhos, acessível para a alta gerência.

"Se notamos que o funcionário superou as expectativas, vemos que é de alta performance, mas não expomos isso aos outros colaboradores para não causar desconforto na equipe", destaca Bedani.

Rogério Babler, da MHconsult, diz que a descentralização da função depende de um gerente preparado para tomar decisões em searas típicas do RH, como remuneração.

O consultor Antônio Flávio Pacini, diretor da S&L Consulting, afirma que a maior dificuldade é aliar, na avaliação, indicadores práticos, como metas e resultados, a outros mais subjetivos, como a qualidade dos relacionamentos, que exigem ferramentas mais complexas.

Tradução e autonomia


Marvin Hirsch, também da consultoria MHconsult, afirma que dar mais autonomia às equipes por meio de treinamento de alto desempenho é importante, mas isso não deve ser feito sem bons processos de monitoramento.

"É conveniente que haja um processo que ajude os times a aferir seu resultado diante das metas estabelecidas, sendo esse um ato importante para o alcance de resultados diferenciados", ressalta Hirsch.

O primeiro passo, acrescenta, é traduzir a estratégia do negócio para que o nível operacional entenda o papel dele no alcance das metas da empresa.

Tais ferramentas são usadas também pela GE, multinacional de produtos tecnológicos que possui um mapa em que diferentes equipes preenchem seus resultados, oferecendo um 'feedback' interno e também para a alta direção.

"Temos uma cultura muito forte de metodologias qualitativas", salienta Cristian Cetera, diretor de desenvolvimento organizacional para a América Latina.

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